Na sequência das afirmações feitas pelo presidente do PS nacional, Carlos César, no Congresso daquele partido, a Coligação PSD/CDS/PPM vem esclarecer o seguinte:
1 – Nos últimos três anos, o bom funcionamento dos serviços públicos nos Açores contrasta com o caos que se vive no Continente em setores como a Saúde e a Educação.
No Serviço Regional de Saúde dos Açores, cerca de 94% dos utentes já têm médico de família e os serviços hospitalares funcionam com regularidade. No Continente, o número de utentes com médico de família (84%) está em queda desde 2019 e as urgências e maternidades fecham frequentemente.
Na escola pública dos Açores, o ano letivo iniciou-se com absoluta normalidade, com cerca de meio milhar de docentes a ganhar estabilidade no seu vínculo profissional por ação do Governo da Coligação PSD/CDS/PPM e tendo a generalidade dos alunos açorianos professores em todas as disciplinas. No Continente, no final do primeiro período ainda havia milhares de alunos sem professor, as turmas estão sobrelotadas e a classe docente sobrecarregada.
Nos Açores, há um clima de paz e justiça social, em resultado das políticas prosseguidas pelo Governo Regional liderado por José Manuel Bolieiro. No Continente vive-se um ambiente de instabilidade social e profissional, que é consequência da má governação do Partido Socialista.
Os governos de Vasco Cordeiro foram governos de contas incertas e de problemas por resolver. Foram os governos de Vasco Cordeiro que aumentaram a dívida pública regional em 1.682 milhões de euros.
Os açorianos ainda não esqueceram os milhões da Casa da Autonomia e da Saudaçor de Carlos César. E muito menos esqueceram o avião ‘Cachalote’ e o navio ‘Atlântida’ de Vasco Cordeiro.
Os Açores rejeitam o envelope de propostas de Carlos César, Pedro Nuno Santos e Vasco Cordeiro.
Nunca é demais lembrar que a legislatura foi interrompida por culpa do Partido Socialista. Nos Açores, só a irresponsabilidade da oposição, liderada pelo PS, provocou a instabilidade. De um mau exemplo, só se pode esperar uma má experiência.
2 – A partir de agora, o Partido Socialista nacional, com a cumplicidade de personalidades como Carlos César e Vasco Cordeiro, passa a ser dirigido por alguém que possui um histórico de desrespeito pelos Açores.
Recorde-se que foi Pedro Nuno Santos que, em 2020, no momento mais crítico da pandemia e em pleno estado de emergência, mandou a TAP continuar a voar para os Açores, recusando os pedidos do Governo Regional para fechar os aeroportos do arquipélago ou de suspender os voos da transportadora aérea nacional para os Açores.
Foi também Pedro Nuno Santos que, enquanto ministro, meteu na gaveta o processo de revisão das Obrigações de Serviço Público de transporte aéreo entre o Continente e as ilhas do Faial, Pico e Santa Maria. Como consequência, a SATA Internacional – Azores Airlines – sujeita a um processo de reestruturação – continua a prestar aquele serviço sem receber qualquer compensação financeira do Governo da República.
O novo secretário-geral do PS nacional é igualmente um dos responsáveis por ter arrumado na gaveta o urgente processo do novo cabo submarino de telecomunicações entre os Açores e o Continente, cuja implementação já se devia ter iniciado há muito tempo.
A moção de Pedro Nuno Santos tem um conjunto de generalidades relativamente às Regiões autónomas e não assume nenhum compromisso concreto quanto ao aprofundamento da Autonomia nem quanto à resolução das questões pendentes entre a Região e o Governo da República. É apenas mais do mesmo.
Apoiar um dirigente político com tal histórico de desrespeito pela Autonomia Regional é virar as costas aos Açores e aos açorianos
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