O Presidente do Grupo Parlamentar do CDS Açores, Artur Lima, apresentou, esta sexta-feira, uma iniciativa legislativa, com pedido de urgência e dispensa de exame em Comissão, para que o Governo Regional promova a certificação civil do Aeroporto das Lajes junto das entidades oficiais nacionais e internacionais e para que promova ações de captação de novos fluxos turísticos, junto dos operadores e das companhias aéreas, para a ilha Terceira.
O líder do CDS Açores referiu que esta iniciativa, que será discutida no próximo Plenário, fundamenta-se na necessidade de colmatar a diminuição de turistas na ilha Terceira e no Grupo Central, visto que se verificado uma diminuição de tráfego no Aeroporto das Lajes, não só devido ao fim da operação da Air Berlim, que estabelecia uma importante ligação ao mercado alemão, como também devido à suspensão da ligação Terceira-Madrid. Artur Lima realçou ainda que o Aeroporto das Lajes foi o único aeroporto dos Açores que, durante os meses de verão de 2018, registou uma quebra no número de passageiros desembarcados face aos valores registados no mesmo período do ano anterior. Segundo o Presidente do CDS, havendo uma diminuição dos fluxos turísticos para a Terceira de uma forma generalizada, impõe-se que sejam tomadas medidas para corrigir esta situação.
Para além disso, Artur Lima considerou que a certificação civil do Aeroporto das Lajes, estatuto que reforça as condições de atração do aeroporto para utilização pela aviação civil, “tem de trazer alguns privilégios, senão corre o risco de não passar de um embuste. Foi o que denunciámos no início e é o que parece que está a acontecer. Não houve nenhuma melhoria substancial relativamente ao funcionamento do Aeroporto das Lajes, decorrente desta certificação, que é pouca conhecida porque nunca foi devidamente divulgada pelo Governo às entidades oficiais, nomeadamente entidades aeronáuticas, companhias aéreas e operadores turísticos”.
Para Artur Lima, é “fundamental que os Açores tenham dois polos, os aeroportos das Lajes e de Ponta Delgada, para captação de turistas, para depois distribuir pelas outras ilhas. Com um polo é mais difícil de distribuir. É fundamental que o Aeroporto das Lajes assuma a sua vertente civil e capte novos fluxos turísticos para a Terceira, para o Grupo Central e para os Açores de um modo geral”.
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