Na interpelação ao Governo Regional sobre os desafios dos Açores na Europa pós 2020, o Presidente do Grupo Parlamentar do CDS, Artur Lima, referiu que, para o CDS, “a dimensão social é um pilar fundamental do projeto europeu e indispensável para uma União Europeia mais justa e solidária”, defendendo, por isso, o “reforço dos fundos europeus para a coesão social que permitam o investimento de mais e melhores políticas de apoio à natalidade, da conciliação da vida familiar com a vida profissional, do combate à pobreza e à exclusão social, bem como na proteção aos nossos idosos”.
Artur Lima salientou que, no quadro dos desafios dos Açores na Europa no pós 2020, é “prioritário que, nos Açores, uma Região ultraperiférica, arquipelágica e sujeita a calamidades naturais que são agora ainda mais agravadas em face das alterações climáticas, haja uma proteção civil europeia capaz de responder com eficiência, com mais recursos e meios, de modo a defender as nossas populações e os nossos bens”.
O Presidente do CDS, Artur Lima, destacou que os Açores “têm que ter verdadeiras condições de transporte e mobilidade”, considerando que “no âmbito das regiões ultraperiféricas deve haver uma maior disponibilidade da União Europeia para fazer face aos nossos específicos constrangimentos ao nível das infraestruturas e operacionalidade aérea e marítima, quer de passageiros quer de mercadorias, considerando também que a Região deveria ser apoiada no transporte de doentes”.
A deputada do CDS, Graça Silveira referiu que o “balanço de mais de 20 anos de fundos comunitários é, essencialmente, de uma aposta em infraestruturas, muitas vezes numa lógica bem pouco coordenada”, destacando, para o efeito, que apesar de “construirmos escolas hipermodernas, continuamos nos últimos lugares dos rankings das tabelas a nível nacional” e apesar de “construirmos hospitais, que os nossos netos e bisnetos continuarão a pagar, existem açorianos em lista de espera para uma pequena cirurgia”.
“Assim não é possível cumprir um dos principais desígnios da Região no pós 2020, que é criar um contexto competitivo, apostando em políticas de conhecimento capazes de valorizar os nossos recursos endógenos, capazes de garantir a nossa sustentabilidade ambiental e capazes de criar emprego qualificado para os nossos jovens, que continuam a ter de emigrar à procura de novas oportunidades”, referiu.
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