O Grupo Parlamentar do CDS-PP Açores lamenta que a ilha Terceira continue a registar quebras significativas no que diz respeito aos indicadores do turismo, em contraciclo com o que se verifica na Região.
De acordo com o Vice-Presidente do Grupo Parlamentar, Alonso Miguel, “O mês de julho veio confirmar uma tendência desastrosa que se vem mantendo desde o início do ano e para a qual o CDS Açores tem vindo a alertar. Entre janeiro e julho deste ano, a Terceira concentra somente 10,1% do total das dormidas e apenas 11,4% dos proveitos totais do turismo na Região, o que é manifestamente pouco face ao peso relativo da ilha, enquanto que São Miguel concentra 69,3% do total de dormidas e 78,4% do total de proveitos do turismo. Parecem-nos números altamente desajustados em relação à realidade das nossas ilhas.”
As dormidas na Terceira continuam a apresentar resultados desapontantes, registando-se uma quebra de 2,7% nos primeiros 7 meses do ano, sendo que em julho, em plena época alta, verifica-se uma redução de 3,8% no conjunto das dormidas nos estabelecimentos hoteleiros, no turismo em espaço rural e no alojamento local. Tudo isto acontece enquanto a Região cresceu 10,2%, em termos médios, em julho, e 15,8% no acumulado dos primeiros 7 meses do ano, em relação aos períodos homólogos de 2018. Por outro lado, de acordo com os dados do Serviço Regional de Estatística, o movimento de passageiros no aeroporto da Terceira caiu 3% em agosto deste ano, relativamente a agosto de 2018, contrastando com um crescimento de 2,9% a nível regional para o mesmo período.
O Grupo Parlamentar do CDS-PP Açores considera que “Estes dados são preocupantes e inadmissíveis. O turismo na Terceira não só não cresce, como regista quebras na generalidade dos indicadores, contrariando novamente, de forma clara e inequívoca, as afirmações feitas recentemente pelo Grupo Parlamentar do PS Açores, de que ‘a Terceira foi a ilha que mais cresceu no turismo’. Lamentamos por isso que, face a este cenário desolador, o Governo ainda não tenha colocado em prática a Resolução aprovada pela Assembleia Regional, por proposta do CDS, para captura de novos fluxos turísticos para a ilha Terceira.”
Por outro lado, “tendo em conta que parte das quebras verificadas se ficam a dever à ausência da ligação aérea Madrid-Terceira, e depois de a ligação não ter sido retomada logo no início deste ano como seria desejável, sabemos agora também que, muito possivelmente, também não será retomada em outubro, como havia sido garantido pelo Governo Regional.”, afirma Alonso Miguel.
Aparentemente e segundo declarações do diretor-geral da Portugal Tours, que assegurou a ligação nos últimos 7 anos, o concurso para a operação Madrid-Terceira tinha condições impossíveis de cumprir, especialmente no que se refere ao período a contratualizar, uma vez que a obrigatoriedade de manter a operação por 15 meses não respeita o calendário IATA. Ou seja, na perspectiva de Alonso Miguel, “para além da incapacidade clara em garantir o início da ligação entre Madrid e a Terceira logo no início do ano, com todos os prejuízos inerentes para a ilha Terceira, o Governo Regional demonstra agora também manifesta incapacidade para cumprir com o prazo que ele próprio definiu.”
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