O Grupo Parlamentar do CDS-PP/Açores, por iniciativa da Deputada Catarina Cabeceiras, apresentou, esta quarta-feira, um requerimento na Assembleia Regional, onde questiona o Governo Regional sobre as graves penalizações impostas aos produtores do Queijo de São Jorge, através das novas taxas recentemente impostas pelos EUA a produtos europeus. 

O queijo de São Jorge é um produto de qualidade reconhecida a nível mundial, de enorme importância para a economia local desta Ilha. A quota de exportação deste produto lácteo para os EUA corresponde a 201 toneladas de queijo (cerca de 8% do total das vendas da Uniqueijo, 2,3 milhões de litros de leite).

Para o CDS-PP/Açores, é preocupante que este produto seja agora sujeito à imposição de tarifas na ordem dos 25%, de acordo com a decisão do Governo dos Estados Unidos (autorizada pela Organização Mundial de Comércio) de, a partir de 18 de outubro, impor tarifas punitivas a produtos europeus, em retaliação pelos apoios europeus à aviação. Recentemente, o Presidente da União de Cooperativas declarou que, mesmo antes da entrada em vigor das imposições, já foi cancelada a encomenda de um contentor, porque os compradores não querem assumir o pagamento de mais 25% de taxas sobre o produto.

Assim sendo, o CDS-PP/Açores quer saber se o Governo Regional está a par do impacto da decisão Norte-Americana sobre a economia da Ilha de São Jorge e se existe alguma possibilidade de, ao abrigo do Acordo Bilateral de Cooperação e Defesa assinado entre Portugal e os EUA, se conseguir alguma exceção para os produtos lácteos Açorianos. O CDS-PP/Açores inquere ainda, caso se confirme a aplicação de tarifas, sobre como pensa o Governo Regional auxiliar os produtores, nomeadamente, se tem alguma estratégia alternativa de comercialização do queijo de São Jorge "embargado" pelos EUA, como por exemplo a exportação para outros mercados ou nichos.