No âmbito da declaração política do CDS-PP/Açores sobre alterações climáticas, realizada esta quinta-feira, o Presidente do Grupo Parlamentar, Artur Lima, afirmou que “hoje somos confrontados com a alarmante realidade de que os efeitos das alterações climáticas põem em causa a segurança e a saúde das nossas populações”, realçando que “a situação geográfica e a história dos Açores manifestam a especial vulnerabilidade da nossa região a fenómenos atmosféricos adversos”.

Artur Lima declarou que, para o CDS-PP, “a mitigação e a adaptação às alterações climáticas devem ser um desígnio das nossas políticas públicas”. Recordou uma série de medidas propostas pelo CDS-PP/Açores na última década, nomeadamente, “a prometida e adiada rede de radares meteorológicos; a elaboração de planos de ordenamento de ilha; a reabilitação da paisagem florestal; a instalação da Central Geotérmica da Ilha Terceira e investigação do potencial geotérmico das ilhas do Pico e do Faial; a promoção do uso da biomassa como combustível; a recuperação de moinhos de água e de vento para produção de energia elétrica; o incentivo ao consumo preferencial de produtos locais; a promoção da investigação científica da nutrição animal e o maneio das pastagens; a incrementação da eficiência do uso de compostos azotados nas explorações agrícolas e a promoção da produção silvícola.”

O líder do CDS-PP/Açores reconheceu o trabalho legislativo que tem sido desenvolvido pela Assembleia Regional para enfrentar o desafio das alterações climáticas; no entanto, mostrou-se crítico da “demora na procura de soluções por parte do Governo e aparente inconsequência de algumas políticas”, considerando-as insuficientes.

Para Artur Lima, “a sociedade civil e as nossas empresas têm, também, um papel fundamental no caminho a percorrer”, pelo que recordou que o CDS-PP/Açores propôs um regime de benefícios fiscais e apoio aos investimentos na área da mitigação dos efeitos das alterações climáticas, “pretendendo que a procura de respostas para o problema sejam o resultado de um processo de congregação de esforços e saber, que junte todos, órgãos de soberania, administração pública, instituições, empresas, escolas e cidadãos, em nome de uma responsabilidade que só pode ser garantida se for de todos nós”.