O candidato do CDS-PP de São Miguel às próximas eleições legislativas regionais, Nuno Gomes, acompanhado de outros elementos da sua candidatura, Frederico Sampaio, Pilar Vaz Do Rego, Rosa Martins e Rúben Bettencourt, reuniu neste sábado com a direção da Cáritas da Ilha de São Miguel, com o objetivo de conhecer o trabalho que, no âmbito do combate à pobreza e à exclusão social, tem vindo a ser desenvolvido por aquela instituição da Igreja Católica. Após visitarem a instituição e da apresentação das diferentes valências da Cáritas, o candidato considerou que a Cáritas «desenvolve em São Miguel um papel muito importante, no âmbito da ação social da Igreja Católica, nomeadamente ao nível do acolhimento institucional, com casas abrigo e com a residência comunitária, no sentido de promover a autonomização dos utentes, ao nível social e económico, corresponsabilizando-os no processo de promoção de competências pessoais e sociais». Nuno Gomes afirmou ainda que um dos objetivos essenciais da Cáritas é «consciencializar a população açoriana sobre a realidade da pobreza e da exclusão, procurando dar respostas adequadas à luz da Doutrina Social da Igreja. Com a pandemia as pessoas e as famílias pobres ficaram ainda mais pobres e frágeis. O Governo Regional não pode esconder a pobreza que existe em São Miguel ou dizer que há menos pobres do que dizem as estatísticas».
O candidato, que tem assumido o combate às desigualdades sociais como principal objetivo da sua candidatura, afirmou ainda que «a pobreza é um grave problema nos Açores. Em 2019, a taxa de pessoas em risco de pobreza nos Açores era a maior do país, 31,8%, o que corresponde a 80 mil açorianos, enquanto que a taxa nacional era de 17,3% da população. Os Açores são também a região do país com maior desigualdade nos rendimentos. Um em cada três açorianos é pobre. Com metade da população dos Açores, São Miguel tem dois terços dos pobres da Região. Segundo os dados da PORDATA, que acabaram de ser revelados, existem, em média, nos Açores 10 beneficiários do Rendimento Social de Inserção por cada 100 residentes, quando a média a nível nacional é de 3 beneficiários do RSI para cada 100 residentes».
Nuno Gomes alertou ainda que «com a pandemia tudo se agravou, com muitos trabalhadores informais ou clandestinos, sem contratos laborais, a perderem o parco rendimento que tinham e a não poderem requerer subsídio de desemprego ou beneficiarem do lay-off das empresas, ficando em grave situação de vulnerabilidade» e defendeu que o Plano Regional de Combate à Pobreza aprovado pelo Governo Regional «seja rapidamente revisto e adequado à realidade das muitas pobrezas que enfrentamos agora».
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