Os candidatos do CDS-PP pela ilha Terceira às próximas eleições para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores reuniram, esta segunda-feira, com a Associação Agrícola da Ilha Terceira.
Alonso Miguel, número 2 da lista do CDS, lamenta que “se continue a verificar uma degradação do preço do leite para níveis históricos, ao mesmo tempo que os nossos produtores continuam a enfrentar possíveis penalizações. Há aqui um estrangulamento enorme que coloca constantemente em risco a atividade dos nossos produtores e isso é inaceitável. Não se pode exigir leite de qualidade nestas condições”. O candidato defendeu que “é necessária uma nova estratégia urgentemente, porque continuar a baixar o preço do leite, para além de ineficiente, traz graves prejuízos aos nossos produtores. Por outro lado, é lamentável que não tenha havido uma redistribuição dos direitos de produção afetos aos produtores que abandonaram a atividade”.
“Temos a expetativa”, prosseguiu Alonso Miguel, “de que seja desta que a segunda fábrica de lacticínios da ilha Terceira avance, acabando de uma vez por todas com o monopólio do setor que existe na ilha, resolvendo alguns destes problemas e dando, sobretudo, um contributo para inverter o cenário do abaixamento do preço do leite pago ao produtor”.
Alonso Miguel recordou que “o CDS tem defendido que a competitividade do nosso setor leiteiro está dependente de aspetos como a redução dos custos de produção, apostando nos nossos recursos endógenos, a transformação do leite em outros produtos lácteos, a valorização da qualidade do nosso leite e da excelência das suas características nutricionais, derivadas da alimentação em pastagem, bem como a capacidade de encontrar novos mercados”.
Alonso Miguel lembrou ainda que “a agricultura foi sempre e continuará a ser o principal motor de desenvolvimento da economia regional” e que “quando a maioria dos setores quebraram com o surgimento da COVID-19, os nossos agricultores nunca baixaram os braços e nunca pararam de produzir, contribuindo decisivamente para que a nossa economia não colapsasse totalmente”.
“Sendo certo que, muitas vezes, é durante os períodos de crise que se criam grandes oportunidades”, afirmou Alonso Miguel, “é pena que não só não se tenha conseguido aproveitar este contexto para valorizar o nosso leite e os seus derivados, como ainda por cima tenham subsistindo as ameaças de redução do preço do leite e das penalizações ao excesso de produção”.
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