O Presidente do CDS-PP Açores, Artur Lima, afirmou nesta segunda-feira que “o CDS tem vindo a chamar a atenção para os problemas com que os florentinos se deparam no acesso a cuidados de saúde” e reiterou que “ao contrário do Partido Socialista, a política de saúde do CDS é tratar doentes e não doenças”.
No âmbito da campanha eleitoral para as eleições legislativas regionais, em ação de campanha por Santa Cruz das Flores, Artur Lima declarou que “o CDS defende a fixação de médicos de família contratados definitivamente no Centro de Saúde das Flores, assim como propõe a implementação da figura do Enfermeiro de Família e a subsequente contratação de um enfermeiro de família para a ilha das Flores”.
“Por outro lado”, acrescentou o dirigente centrista, “também defendemos a deslocação de médicos especialistas para a ilha das Flores, ao constatarmos, lamentavelmente, que a esmagadora maioria de consultas de especialidade não foram realizadas. Daqui se depreende a negligência do Governo Regional nesta matéria, tão relevante ao nível da Saúde e coesão nas nossas ilhas”. O Presidente do CDS-PP Açores recordou que “contrariamente aos incentivos que o Governo Regional prefere anunciar, foi uma proposta feita pelo CDS em 2010, que aumentou e bonificou as bolsas para a frequência de especialidades carenciadas nos Açores, que permitiu fixar médicos de família. No entanto, em 2012 o Governo Regional revogou essa medida do CDS, e desde então não conseguiu fixar mais médicos”.
Artur Lima chamou ainda a atenção para outro insucesso do Governo Regional em matéria de Saúde Pública: “Afinal, a preparação da época Outono-Inverno para o combate à gripe sazonal não foi bem sucedida. Verificamos que as farmácias receberam apenas um terço das vacinas que foram pedidas, o que é manifestamente pouco para vacinar a população. Mais uma vez, o Governo Regional esteve em falta na capacitação do Serviço Regional de Saúde.”
Em consonância com as palavras do dirigente regional, também o cabeça-de-lista pelas Flores às próximas eleições legislativas regionais, Fábio Alves, se pronunciou sobre o estado da Saúde na sua ilha, ao declarar que “o reforço da Saúde é o primeiro eixo da estratégia do CDS-PP para combater a falta de população na ilha das Flores”. Fábio Alves revelou que “a candidatura do CDS-PP pela ilha das Flores é movida pelo desejo de reverter o abandono da ilha das Flores” e que, além da saúde, “o segundo eixo de combate é o emprego. Não podemos ter um emprego baseado em programas ocupacionais e em programas de estágio sem futuro. Porque o que assistimos é a uma Administração Pública que contrata os jovens e ao fim de um ano os descarta, uma vez que está legalmente impedida de os contratar, já que para ser funcionário na Administração Pública é necessário ir a concurso”.
Mencionando ainda um terceiro eixo de combate ao abandono, Fábio Alves defendeu “a melhoria dos transportes de pessoas e mercadorias para a ilha das Flores, bem como a redução do seu custo, que constitui um encardo acrescido para quem habita nesta ilha comparativamente às demais do arquipélago e também em relação ao continente”. O candidato considerou “fundamental que fique resolvida a questão do avião cargueiro para transporte de bens perecíveis” e anunciou outras propostas do CDS-PP para apoio à economia, nomeadamente “apoio ao setor agrícola pela reabilitação de alguns caminhos florestais e agrícolas, bem como o abastecimento de água à lavoura, e o apoio ao setor das pescas pela resolução das inadmissíveis falhas nas gruas que colocam os barcos na água e pela garantia de abastecimento, nas Flores, de gelo aos pescadores, que atualmente chegam a ter de ir buscá-lo ao Corvo”.
Relativamente à candidatura do CDS-PP pela ilha das Flores, encabeçada por Fábio Alves, o Presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos afirmou que “estamos preocupados com o futuro das novas gerações e é por isso que apresentamos um candidato jovem como cabeça-de-lista nas Flores”. “Quem melhor do que um jovem para compreender, interpretar e dar respostas aos anseios pelos quais os jovens passam nos Açores?”, questionou o dirigente do Partido a nível nacional. “Os problemas na obtenção de emprego, de os jovens Açorianos receberem o retorno da sua formação académica, poderem constituir família e poderem fixar-se nas suas ilhas, combatendo assim o despovoamento e promovendo a coesão territorial: quem melhor do que um jovem para mudar os hábitos na política e estes maus vícios que têm sido cultivados pelo Partido Socialista, em que apenas quem tem um cartão do Partido Socialista é que pode subir na vida nos Açores através deste clima de amiguismo, de compadrio e de conluio onde vale mais a militância partidária do que o mérito e o talento dos mais jovens?”
Francisco Rodrigues dos Santos diz ser “necessária esta renovação” e assegura que “um voto no CDS é um voto que garante a mudança efetiva de políticas nos Açores e é a única oportunidade para roubar a maioria absoluta ao Partido Socialista e atingir-se novos níveis de desenvolvimento social e económico no arquipélago. O CDS representa uma rutura com o Socialismo e uma verdadeira alternativa programática para os Açorianos”. Reportando especificamente aos problemas de acesso à saúde que assolam toda a Região, o Presidente do Partido recordou que “foi o CDS-PP que apresentou um programa para recuperação das listas de espera nas cirurgias e nas consultas, que ainda não foi executado por este governo, e para isso precisamos de mais votos, para garantir que ele é implementado, mas também para dar novas condições de saúde, nomeadamente médicos de família nas ilhas onde atualmente eles não existem ou escasseiam, como sucede aqui na ilha das Flores”.
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