O deputado Rui Martins, do Grupo Parlamentar do CDS-PP Açores, declarou nesta sexta-feira que “as medidas recentemente apresentadas no âmbito da reestruturação da SATA dão a entender que há um plano sustentado para dar viabilidade económica à empresa a curto prazo”.
O deputado considera igualmente que o plano “salvaguarda as preocupações iniciais de manutenção de postos de trabalho, uma vez que ficou acordado com os sindicatos a redução de cerca de 10% do número de funcionários, salvaguardando os seus direitos” e ainda que “foca-se sobretudo na melhoria das condições operacionais, flexibilização e otimização de recursos, o que permite inferir que se está a cortar no acessório para o foco ser o cumprimento da missão da SATA que é servir os Açores e os Açorianos, aqui e na diáspora”.
Rui Martins demonstrou, no entanto, preocupação com o facto de o plano de reestruturação apresentado prever um modelo de Obrigações de Serviço Público modificadas. No entender do deputado, “a sustentabilidade do plano não garante que nas gateways das ilhas do Faial, do Pico e de Santa Maria fiquem salvaguardadas as Obrigações de Serviço Público, o que dependerá da renegociação das mesmas”.
Relativamente às negociações com a Comissão Europeia no respeitante à SATA, Rui Martins observou que “a negociação com Bruxelas não será fácil e, dada a dimensão da nossa companhia e dos problemas que se verificam ao nível europeu com as empresas do sector, será necessário salientar a importância estratégica desta empresa para a Região e das particularidades da nossa ultraperiferia”.
“No entanto, devem existir linhas vermelhas na negociação, e a maior linha vermelha será qualquer solução que leve ao encerramento da SATA”, concluiu o deputado do CDS-PP.
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