“Importa ajustar os programas de estágio à realidade laboral e às legítimas expectativas dos jovens no programa ESTAGIAR como via de acesso ao mercado de trabalho”, afirmou nesta quarta-feira o deputado Pedro Pinto, do Grupo Parlamentar do CDS-PP Açores.
Pedro Pinto considera que “se a evolução do programa ESTAGIAR foi no sentido de colocar os jovens a trabalhar em contexto de trabalho, então faz todo o sentido que não lhes seja negada proteção social e que iniciem desde logo a sua carreira contributiva”.
Alertou que “ao longo dos anos, os jovens foram-se perpetuando em programas de estágio e programas ocupacionais, alguns sem descontos, o que colocou a sua vida em suspenso, num limbo”. Situações transitórias e temporárias como estas, marcadas pela incerteza, “impedem os jovens de aceder ao crédito bancário para, por exemplo, aquisição de habitação, protelando e dificultando o início da sua vida familiar.”
“Chegou o momento deste governo de coligação terminar com esta injustiça e restituir aos jovens alguma esperança de futuro no início da sua vida profissional”, defendeu Pedro Pinto.
O deputado do CDS-PP entendeu como “igualmente fundamental valorizar os estagiários do programa ESTAGIAR U, valorizar o seu empenho, o esforço, o investimento que fazem nas suas férias de verão, estabelecendo como limite mínimo para a bolsa mensal o valor do salário mínimo em vigor na Região, e dar a possibilidade de acesso a formação durante o período de estágio”.
Pedro Pinto manifestou-se favorável à existência de uma discriminação positiva nos estágios realizados nas ilhas mais afetadas pelo despovoamento, majorando a bolsa destes estagiários, a fim de promover a fixação de jovens qualificados nessas ilhas.
De acordo com o deputado, “as medidas que são criadas para os jovens devem ser pensadas para os jovens, e não nos benefícios potenciais que as entidades empregadoras poderão retirar do facto de lá terem uma pessoa a trabalhar a baixo custo”.
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