Catarina Cabeceiras, deputada do CDS-PP eleita pelo círculo de São Jorge, proferiu nesta quarta-feira uma declaração política a propósito da crise sismovulcânica que se vive naquela ilha desde o passado dia 19 de março, alertando para os impactos que já se verificam ao nível económico e social.
“Apesar do alerta de evacuação nunca ter sido dado, foram muitos os Jorgenses que, em resultado dos sentimentos de incerteza e de ansiedade gerados pela elevada frequência sísmica, decidiram abandonar a sua ilha ou fixar-se no concelho da Calheta. O que se espera é que o despovoamento forçado pelas circunstâncias não seja efetivo, não seja para sempre”, afirmou Catarina Cabeceiras, demonstrando preocupação pelos “impactos na economia local, em virtude das perdas já verificadas ao nível do turismo, no comércio e nas pequenas e médias empresas da ilha”.
“Com a pandemia, o aumento dos preços decorrente da guerra e com a crise sismovulcânica, São Jorge sai grandemente afetado desta multiplicidade de crises que se sucedem a um ritmo frenético”, constatou, congratulando-se pela “prontidão da resposta dada pelo Governo Regional a esta situação, em articulação com os Municípios e com a concordância do Conselho de Ilha e representantes dos empresários, ao criar, por via do Programa APOIAR.PT, uma majoração para os empresários de São Jorge, medida a que se associa o voucher de promoção turística recentemente anunciado pelo Presidente do Governo Regional”.
“É exatamente este contínuo acompanhamento por parte do Governo Regional que necessitamos na ilha de São Jorge”, considera Catarina Cabeceiras, “até porque esta crise sismovulcânica ainda não terminou”.
A deputada do CDS-PP dirigiu uma palavra de agradecimento e reconhecimento às mais diversas “entidades e instituições que, desde o primeiro momento, desenvolvem um trabalho diário e permanente de acompanhamento e articulação, tomando as decisões necessárias”. Referiu-se ao Governo Regional, aos Municípios, ao Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, ao CIVISA e ao Comando Operacional dos Açores, salientando que também os três deputados regionais eleitos por São Jorge estiveram presentes na primeira linha de ação, inteirando-se de toda a situação e dando os seus contributos, numa lógica de verdadeira cooperação entre todos os intervenientes.
“Se, para a ciência, o objetivo tem sido reforçar os meios de monotorização e acompanhamento de vários parâmetros, para os meios operacionais do terreno, o objetivo tem sido reforçar a capacidade de resposta ao socorro das pessoas em caso de necessidade, capacitando a ilha de meios humanos, técnicos e equipamentos para a adequada resposta em caso de necessidade de evacuação. Assim, de forma rápida e progressiva, a ilha preparou-se com as respostas necessárias para que, em caso de alguma eventualidade, haja uma reação pronta para acudir as populações e salvaguardar bens”, revelou Catarina Cabeceiras.
“‘Preparados para o pior, esperando o melhor’, é esse o nosso mote”, concluiu.
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