O deputado Rui Martins quer saber como está a ser implementado o rastreio de Cancro do Pulmão nos Açores, um objetivo do XIII Governo Regional por iniciativa do CDS-PP Açores.
“No CDS-PP, hoje como dantes, entendemos ser fundamental apostar no diagnóstico precoce de doenças oncológicas, através de programas de rastreio, para assim salvar vidas e dar qualidade de vida aos doentes”.
Rui Martins recorda uma visita realizada ao Centro de Oncologia dos Açores em outubro de 2020, em pleno período de campanha eleitoral para as legislativas regionais. Na ocasião, o Presidente do CDS-PP Açores, Dr. Artur Lima, comprometia-se a pugnar para que “o Centro de Oncologia dos Açores [fosse] dotado dos meios e da verba necessária para fazer o rastreio do cancro do pulmão”, atendendo a uma muito elevada prevalência deste cancro em território açoriano.
“Esta foi uma das várias ocasiões em que o CDS-PP se manifestou quanto à estratégia regional para a prevenção e controlo do cancro, que aliás o nosso Grupo Parlamentar teve oportunidade de reiterar no passado dia 16 de setembro, no âmbito do debate e conferências que promovemos em torno da Saúde”, declarou o deputado Rui Martins.
No requerimento entregue nesta segunda-feira, Rui Martins atenta à “taxa padronizada de incidência de cancro do pulmão nos indivíduos do sexo masculino que, em território continental português é de 45,4 por cada 100000 homens, enquanto nos Açores é de 97,8 por cada 100000 homens, ou seja, mais do dobro do território continental”, conforme dados publicados em 2018 no Registo Oncológico Nacional e no Registo Oncológico nos Açores.
O texto expressa também a percentagem de sobrevivência relativa aos 5 anos após o diagnóstico de cancro do pulmão, que é de 8,7% nos Açores, face aos 20% que se verificam a nível mundial. A importância do rastreio torna-se ainda mais premente quando os dados apontam que “o diagnóstico precoce aumenta o potencial de resseção cirúrgica curativa”.
Refira-se que está inscrita, no Plano Anual Regional de Investimentos, uma ação dedicada à “Estratégia regional para a prevenção e controlo do cancro”, englobando, entre outros, “programas de rastreio para deteção e diagnóstico precoces do cancro” e “redução do tempo de diagnóstico e tratamento”.
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