A deputada Catarina Cabeceiras do CDS-PP, eleita por São Jorge, considera que as medidas propostas pelo Partido Socialista na sequência da crise sismo-vulcânica seriam “desadequadas e propensas a gerar injustiças entre famílias e entre empresários”, justificando assim o voto contra a iniciativa que acabou por ser chumbada pelo Parlamento açoriano.
Em debate ocorrido nesta sexta-feira, Catarina Cabeceiras apontou as incongruências do pacote de medidas proposto, exemplificando que “enquanto o PS propunha um apoio nos custos fixos de água e eletricidade nas moradias que ficaram desabitadas por motivo de deslocação das famílias, ignorava por completo as famílias que permaneceram nas suas casas e que viram aumentados os mesmos custos fixos”.
Ademais, “não se compreende como pode o PS propor pagar as rendas às famílias que se deslocaram e, ao mesmo tempo, esquecer as famílias que permaneceram no concelho de Velas e que também tiveram de lidar com constrangimentos”.
Quanto aos apoios às empresas, a deputada do CDS-PP manifestou um posicionamento diferente do plasmado na iniciativa socialista, pois, de acordo com Catarina Cabeceiras, “a preocupação deve incidir sobre o que não foi ganho devido à crise sismo-vulcânica, num ano que inicialmente se previa vir a ser especialmente bom para o setor turístico”.
Assim, Catarina Cabeceiras exemplificou que “a compensação deve ser dada através de um esforço adicional de promoção de eventos no período de época baixa, naquela que tem sido a linha de atuação do Governo Regional dos Açores, como já demonstrado no período de verão”.
“O caminho certo é apostar na promoção do destino São Jorge, para que consigamos levar mais pessoas à ilha e assim dinamizar a economia num período mais difícil”, adianta, saudando o Governo Regional pelas iniciativas como Azores Trails Fest ou os Noivos de Santo António .
A propósito, a deputada do CDS-PP salientou “a reconhecida proximidade do Governo Regional no acompanhamento, in loco, da situação em São Jorge, em plena crise sismo-vulcânica”. Graças a essa proximidade, “foi possível adotar medidas condizentes com a opinião dos representantes dos empresários, que, por exemplo, concordaram com a opção de majorar uma ferramenta financeira que já existia, o APOIAR.PT Açores, em vez de criar novos mecanismos”.
Catarina Cabeceiras enalteceu igualmente a melhoria substancial que se verificou nas acessibilidades, em ordem a alavancar a economia da ilha de São Jorge, referindo, a título de exemplo, o aumento de ligações aéreas.
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