A líder parlamentar do CDS-PP Açores, Catarina Cabeceiras, salientou nesta terça-feira o esforço do XIII Governo Regional, superior a 12 milhões de euros, para pôr termo aos rateios no setor agrícola em 2023.
De acordo com a deputada, a medida “permite ao produtor uma maior previsibilidade nos rendimentos”, dado que pode prever quanto efetivamente irá receber relativamente aos apoios a que se candidata, contrastando com o que sucedeu no passado com a governação socialista.
Refira-se que os rateios representaram cortes de 700 mil euros no apoio aos agricultores jorgenses. “Agora, com o fim dos rateios, o valor do apoio fica na totalidade com os agricultores e na economia da ilha”, afirmou Catarina Cabeceiras à margem da reunião plenária do parlamento açoriano.
No âmbito do debate sobre o Orçamento e Plano Regional de Investimentos para 2023, Catarina Cabeceiras acusou o Partido Socialista de “não ter estratégia para o setor agrícola nos Açores” e de “limitar-se a ler partes de pareceres que vêm anexos aos documentos”.
“O Partido Socialista acusa o Governo Regional de aplicar medidas diferenciadoras de ilha para ilha”, mas o que caracteriza a política do Governo Regional para o setor agrícola é que “tem em conta as especificidades de cada uma das ilhas dos Açores”.
Estamos, assim, perante uma política realista que considera o contexto em que vivemos e o aumento dos custos de produção, no que a deputada Catarina Cabeceiras frisou já ter sido anunciado pelo Governo Regional “a criação de uma ajuda direta e específica a todos os agricultores da Região, no valor de 5 milhões de euros” e, no âmbito do PRR, “a criação de um apoio à reestruturação de empresas regionais do setor da transformação e comercialização de produtos agrícolas, no montante global de 9 milhões”.
A deputada do CDS-PP, eleita por São Jorge, considerou que, com este Governo, houve avanços quanto ao novo matadouro para a ilha, dando nota de que foi aberto concurso público, mas “a verdade é que o concurso público, na ordem dos 10 milhões e meio de euros, ficou vazio”.
Reiterando a necessidade de que fique resolvido em breve, Catarina Cabeceiras defendeu que “é fundamental avançar com a construção do matadouro na ilha de São Jorge”, considerando que se trata de “uma obra estruturante” e “uma questão premente” atendendo ao crescimento do número de abates.
“Importa que se diminua o transporte de animais vivos e o produto fique na própria ilha”, defendeu.
Recorde-se que, na anterior legislatura, o CDS-PP apresentou por diversas vezes a proposta de construção do novo matadouro na ilha de São Jorge, uma medida reiteradamente chumbada pelo Partido Socialista que então constituía a maioria no Parlamento dos Açores.
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