O deputado Rui Martins do Grupo Parlamentar do CDS-PP Açores acusou o Bloco de Esquerda de “ter dado à BENCOM a legitimidade moral” para denunciar um contrato que salvaguardava os interesses da Região quanto ao fornecimento permanente de fuelóleo.
Em causa, um acordo celebrado entre a Região Autónoma dos Açores e a BENCOM, por conta do qual ficava “salvaguardada uma garantia de fornecimento permanente de fuelóleo nos Açores”, mesmo apesar de o Governo Regional não ser detentor de infraestruturas de armazenamento.
Com esse acordo, “caso houvesse falhas no fornecimento, competia à empresa colmatar essas deficiências, e não era exigido qualquer pagamento adicional ao Governo Regional por conta disso.”
Ademais, esse contrato permitia que “a indústria dos Açores pudesse beneficiar da aquisição de fuelóleo a um preço mais competitivo, por conta da economia de escala, uma vez que a EDA consome 80% das necessidades de fuelóleo da Região.”
Com a denúncia do contrato, que o Bloco de Esquerda tão acerrimamente defendeu, “a indústria açoriana pode agradecer ao Bloco de Esquerda por ter dado a legitimidade moral à BENCOM para denunciar um contrato imprescindível à Região”.
Rui Martins lamenta que o Bloco de Esquerda insista em fazer política “alimentando suspeições e processos de intenções” e lamenta que “continue a embarcar na veia populista para dizer que há benefícios indevidos de A ou B, sem conseguir comprovar”.
No entender do deputado do CDS-PP, o contrato não prejudicava a Região, na medida em que previa “a obrigatoriedade de uma entidade, privada neste caso, que tem infraestruturas de armazenamento, de garantir que tinha uma reserva energética sempre e que não havia problemas de fornecimento de energia.”
“Presumo que a intenção era apenas fazer alarido político, sem olhar às eventuais consequências”, afirmou por fim o deputado Rui Martins.
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