Catarina Cabeceiras, deputada do CDS-PP Açores, eleita pelo círculo de São Jorge, dirigiu nesta quarta-feira um requerimento ao Governo Regional, pretendendo saber como decorrem os trabalhos da empreitada do Centro de Saúde das Velas e qual a data prevista para a sua conclusão.

A deputada considera que “esta tem sido uma situação que se arrasta há demasiado tempo”, relembrando que já em junho de 2016 o anterior executivo do Partido Socialista havia anunciado a adjudicação da obra de reabilitação do Centro de Saúde das Velas por um valor de 1,3 milhões de euros, tendo o contrato de empreitada da obra sido assinado em janeiro de 2019 no valor global de 1,6 milhões de euros.

A empreitada promovida pelo Governo socialista, porém, “não chegou a bom termo, tendo o empreiteiro abandonado a obra”, conforme recorda Catarina Cabeceiras. “Os Jorgenses aguardam ansiosamente por melhores condições no que concerne aquela infraestrutura”, afirma.

No texto do requerimento, a deputada refere que o atual procedimento concursal foi lançado em maio de 2021, passados seis meses da tomada de posse do atual Governo, e a consignação da obra em dezembro do mesmo ano, com um prazo de execução de 540 dias, o que entende como “demonstrativo do empenho do executivo em agilizar e concretizar a respetiva obra”.

A deputada do CDS-PP entende como benéfico “a opção do atual Governo de rever e reformular o projeto”, que se traduz na realização de um maior investimento, aumentando a verba para cerca de dois milhões e meio de euros. Dá também destaque à “importância da construção do novo bloco do lado sul do Centro de Saúde, com vista a dar a adequada resposta às necessidades da população.”

Agora, importa perceber o ponto de situação da empreitada e ponderar os termos de reabertura, pelo que a deputada questiona se está prevista a reabertura do centro de saúde “de forma faseada ou em bloco”. “A deslocalização dos serviços do centro de saúde para o edifício da Escola Básica e Secundária das Velas tem permitido que a obra avance de forma mais célere, ao invés de ser realizada de forma faseada, conforme o previsto inicialmente”, observou a deputada, alertando, porém, para “todos os constrangimentos que têm sido sentidos, quer por parte dos utentes, quer por parte de todos os profissionais” em virtude de trabalharem em condições provisórias.