CDS-PP Açores acusa o Partido Socialista de “minar” o Governo Regional dos Açores, através de uma jogada política no processo de recrutamento do novo Presidente da TAP, resultando num ataque à SATA.
O Deputado Rui Martins afirmou que “o Governo de Coligação dos Açores herdou a SATA numa situação financeira calamitosa. Sabendo da importância que esta tem para os Açores e para os Açorianos, levou a bom porto o desenho de um plano de restruturação da empresa e apresentou agora aos deputados o caderno de encargos para a operação de privatização da Azores Airlines (SATA Internacional).”
O Vice-Presidente do Grupo Parlamentar considerou que “o convite que o Governo Socialista da República endereçou ao atual Presidente do Grupo SATA para presidir a TAP, à revelia do Governo Regional, que apenas foi informado do facto um par de horas antes do anúncio, é, uma vez mais, uma forma de boicotar a Governação Açoriana”. O Parlamentar realçou ainda que “já bastavam os atrasos na transferência das verbas relativas ao furacão Lorenzo, e vem agora o governo socialista intrometer-se e colocar pedras no caminho do XIII Governo, em pleno processo de privatização e restruturação do Grupo SATA”.
O Grupo Parlamentar do CDS-PP entende que não há “homens providenciais”, apesar de ter manifestado no passado confiança no Conselho de Administração da SATA. Considera, por isso, que “os processos continuarão o seu trajeto, e que o Governo não vai baixar os braços com mais esta contrariedade”.
Rui Martins espera também que “da parte do Dr. Luís Rodrigues haja o profissionalismo que se lhe exige, a ética profissional que se impõe, e que não tente com a TAP, canibalizar a empresa aérea regional”. “Impõe-se que procure soluções nas suas novas funções que não colidam com as que, ativamente, ajudou a desenhar para a empresa regional”, afirmou.
O parlamentar do CDS-PP lamenta que “uma empresa da dimensão da TAP, com maiores possibilidades de recrutar ativos qualificados, venha recrutar um Presidente à companhia aérea regional”. Considerou, por isso, que “é um ataque político da República à Região” e que “são lamentáveis as afirmações do Partido Socialista que insinuam a concordância do Governo Regional com esta saída, que é desmentida pelo próprio primeiro-ministro, afirmando em nota de imprensa, que havia [meramente] informado o Governo Regional desta saída do Dr. Luís Rodrigues.”, concluiu.
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