Catarina Cabeceiras, deputada do CDS-PP eleita por São Jorge, lamenta o “aproveitamento político” que está a ser feito pelo Partido Socialista quanto ao levantamento técnico das respostas ao nível de creche e jardim-de-infância em São Jorge.
Rejeitando as mais recentes “afirmações alarmistas”, veiculadas pelo PS, Catarina Cabeceiras esclarece que “não foi tomada, até agora, qualquer decisão por parte do Governo Regional no sentido de transferir as crianças dos jardins de infância para as EBS das Velas e da Calheta”.
“De momento está em causa, apenas e só, um levantamento técnico das respostas ao nível de creche e jardim de infância na ilha de São Jorge, à semelhança, aliás, do que está a ser feito noutras ilhas”, reiterou a deputada do CDS-PP.
A realização de estudos técnicos pelas várias ilhas tem que ver com a avaliação da possibilidade de reconversão de espaços de jardim-de-infância em espaços para creche e Centro de Atividades de Tempos Livres, aumentando o número de vagas. “O que nos foi transmitido foi que essa avaliação está a ser feita em diversas ilhas, e que, para já, não há necessidade de implementar uma medida desta natureza na situação em concreto de São Jorge”, frisou.
A deputada entende que “o Governo Regional atua com boa-fé ao proceder a uma monitorização das necessidades, quer em respostas sociais, quer em valências educativas” e saúda “o empenho que o XIII Governo Regional tem demonstrado, por exemplo ao nível da rentabilização de recursos, no sentido de aumentar o número de vagas em creche e CATL, dando aliás cumprimento ao previsto na Estratégia de Combate à Pobreza e Exclusão Social, aprovada em 2018 durante a anterior governação socialista, e às metas negociadas no âmbito do PRR, metas também estas negociadas pelo executivo socialista”.
“É por isso incompreensível que um partido como o Partido Socialista, que conhece os desafios concretos daquilo que é governar, venha agora atacar e denegrir um trabalho que é essencialmente técnico e fundamental para cumprir objetivos estruturais estabelecidos há anos”, declarou Catarina Cabeceiras. “O alarmismo em nada favorece o esclarecimento que é devido aos cidadãos nestas situações”, criticou.
A deputada eleita por São Jorge realçou a importância de “dar cumprimento às estratégias para a região, nomeadamente no que concerne ao PRR, pois sabemos da importância estrutural que estes fundos têm para a nossa ilha e para os Açores”.
A deputada considera ainda necessário proceder a uma “correta distinção entre valências educativas e valências sociais”, adiantando, quanto à possibilidade de transição de valência, que “tal só deverá ocorrer quando estiverem reunidas determinadas circunstâncias, como por exemplo a resposta de CATL adequada, para que os prolongamentos, interrupções escolares e férias estejam assegurados.”
“Não nos podemos esquecer também que a resposta do jardim de infância é uma valência educativa, sendo as respostas de CATL e creche essas sim valências sociais, e como tal essa distinção também é necessária fazer, assim como a rentabilização a adequação dos respetivos recursos”, concluiu.
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