O Grupo Parlamentar do CDS-PP congratula-se pelo sucesso do Roteiro da Habitação na ilha de São Miguel, realizado na semana passada pelo governo de coligação PSD/CDS-PP/PPM.

Dos 60 milhões previstos no PRR, o Grupo Parlamentar salienta o “investimento de 37,3 milhões, o que corresponde a 62% do total do investimento nos Açores, o que é mais que o seu peso demográfico, que irá permitir o “reforço da oferta habitacional disponível na ilha de São Miguel” e que irá “colmatar necessidades e carências habitacionais, prevendo a construção e reabilitação de 400 habitações naquela ilha. 

Ora perante esta concretização do governo de coligação na ilha de são Miguel, assistimos a um ataque pessoal ao Vice-presidente do Governo, por parte de Cristina Calisto, Presidente do município da Lagoa. O Grupo Parlamentar do CDS-PP repudia as declarações divisionistas de Cristina Calisto que acusou o Governo dos Açores de ter esquecido aquele município e reafirma que é um elevado e importante investimento no parque habitacional da ilha de São Miguel.

Por outro lado, importa relembrar que, “na última década, de governos socialistas, apenas 12 habitações foram construídas no concelho da Lagoa”, reforçou Rui Martins. 

“Não se compreende, no entanto, o posicionamento público de Cristina Calisto que, na qualidade de Presidente da Câmara, tem também responsabilidades públicas em matéria de habitação e não irá investir um único euro em novas construções no âmbito da Estratégia Local de Habitação”, frisou. 

“Concluímos então que a Câmara Municipal da Lagoa não irá investir um único euro na construção de novas habitações. Nem um euro dos 25 milhões de euros que a Lagoa tem do PRR para a habitação serão alocados a novas habitações, o que configura uma má opção estratégica para a Lagoa”, criticou. 

“Cristina Calisto faz estas acusações, ao mesmo tempo que apresenta o município da Lagoa como aquele que regista o maior volume de investimento aprovado no PRR, sendo que a Estratégia Local de Habitação em muito contribui para esse valor”, indicou. 

Mas há perguntas que, no entendimento de Rui Martins, se impõem: porque é que Cristina Calisto não inscreveu na estratégia do município verbas para a construção de novas habitações no concelho? Porque é que Cristina Calisto sacode para a Vice-Presidência do Governo as suas responsabilidades públicas?

“É importante entender o porquê da opção de Cristina Calisto optar por adquirir habitações em concorrência com os privados, o que vai provocar uma inflação de preços no mercado, prejudicando essencialmente a classe média”, prosseguiu. Como se sabe, o “programa 1.º Direito existe desde 2018, mas Cristina Calisto esperou até 2022 para assinar a Estratégia Local de Habitação do município. Quais foram as razões para este atraso?”, questionou.

Para disfarçar a sua ineficiência e inação, Cristina Calisto recorre ao ataque mesquinho, esquecendo-se que “a habitação é um problema transversal ao arquipélago e ao país. As verbas do PRR foram alocadas a diversos mecanismos, e comprometem várias esferas, do poder local ao regional. 

Enquanto o Governo está a fazer o seu trabalho, a Presidente da Câmara Municipal da Lagoa ataca e crítica os investimentos na sua própria ilha”, finalizou.