O deputado Pedro Pinto, do Grupo Parlamentar do CDS-PP, saiu mais uma vez nesta quarta-feira em defesa da vontade livre e genuína da vasta maioria dos açorianos, perante “mais uma tentativa do PAN de acabar com as touradas nos Açores”.
Na voz do deputado Pedro Pinto, o CDS-PP reafirma que “a tauromaquia é um fenómeno secular na Região Autónoma dos Açores, com manifestação mais acentuada nas ilhas Terceira, Graciosa e de São Jorge” e que “faz parte da nossa identidade cultural enquanto povo”.
Com mais esta iniciativa do PAN, estamos perante “uma tentativa de impor uma matriz cultural urbana”, atitude que merece “o repúdio do CDS-PP”.
“É a identidade do povo açoriano que está aqui a ser colocada em causa”.
Pedro Pinto entende que, entre os agentes e aficionados da tauromaquia, se tem verificado “um maior cuidado no maneio dos animais e uma atenção crescente com o bem-estar animal, aspeto a que são favoráveis e sensíveis”, algo que “só indo às várias manifestações taurinas – sejam touradas à corda, bezerradas, vacadas ou mesmo touradas de praça - é que se percebe”.
Merece ainda a rejeição do CDS-PP o conjunto de argumentos que tenta associar a tauromaquia a fenómenos generalizados de violência.
“Não há registo de violência nas manifestações taurinas”, declarou Pedro Pinto, que fez até referência a fenómenos que ocorrem por ocasião de eventos desportivos e que obrigam à intervenção policial, algo que não se verifica em eventos tauromáquicos.
As audições realizadas em sede de Comissão de Assuntos Sociais permitiram refutar, ainda, a teoria da “suposta violência a que as crianças poderão estar sujeitas quando assistem aos eventos tauromáquicos”.
Conforme declarado pelo Deputado Pedro Pinto, “ao questionar as pessoas que convivem com o fenómeno tauromáquico desde tenra idade, se alguma vez se sentiram violentadas, ou entendem que se tornaram mais violentas que o comum cidadão, a resposta foi um claro ‘não’”.
“Esta não será a última vez que o PAN nos vai apresentar uma tentativa para acabar com as touradas nos Açores”, afirmou. “Mas cá estaremos para impedir mais tentativas de impor a esterilização dos nossos valores culturais.”
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