Na passada segunda-feira os deputados da coligação eleitos por São Jorge, Catarina Cabeceiras e Paulo Silveira, visitaram a freguesia do Topo, no concelho da Calheta, nomeadamente o Porto do Topo e a Escola Básica do Topo.

A deputada do CDS-PP eleita pelo círculo de São Jorge, Catarina Cabeceiras, requer “especial atenção” ao Porto do Topo, numa altura em que “condições meteorológicas desfavoráveis” podem “pôr em causa a infraestrutura”.

O alerta foi deixado pelos deputados na sequência da visita ao porto do Topo.

“Importa dar a conhecer aos Jorgenses que o Governo Regional está a acompanhar a situação do Porto do Topo e a tomar diligências com vista à proteção da infraestrutura no inverno”, informou Catarina Cabeceiras, adiantando que aquele “tentou logo desde o início inteirar-se da situação, suscitada por condições meteorológicas adversas, assim como a Lotaçor, que na semana passada promoveu a visita do técnico responsável pela obra”. De há uns meses a esta parte, deteta-se “o aparecimento de fissuras na muralha de proteção, e na ligação do pavimento de betão com o caixotão, resultando em desníveis visíveis” que propiciam a saída de água do mar, e que têm causado alguma apreensão, pois tal situação poderá colocar em causa a própria infraestrutura.

A deputada do CDS-PP transmitiu que o importante é realizarem-se as intervenções necessárias por forma a garantir melhores condições naquela infraestrutura.

Para Catarina Cabeceiras, “a defesa do Porto do Topo tem sido uma matéria de grande importância para ambos os partidos, quer na legislatura atual quer na anterior”, e não é inédita a sua chamada de atenção para este assunto.

“Debati-me, desde o início da minha ação política, pela construção do Porto do Topo e agora pela sua operacionalidade, desde logo por diversos aspetos que não haviam sido devidamente acautelados pelo anterior governo socialista”, afirmou Catarina Cabeceiras.

“De fato, cabe à atual Coligação PSD/CDS-PP/PPM uma série de investimentos no Porto do Topo, nomeadamente, a aquisição da grua, a rede de eletricidade e de abastecimento de água, e ainda os trabalhos – atualmente em curso - de melhoria na acessibilidade ao Porto, investimentos esses que não estavam contemplados na respetiva empreitada de origem”, declarou.

“Os investimentos levados a cabo pelo Governo da Coligação na ilha de São Jorge e muito concretamente no Porto do Topo valorizaram, sem dúvida, quer o setor das pescas, quer o setor do turismo, por via da atividade marítimo-turística, o que ficou demonstrado neste verão”, considera a deputada do CDS-PP.

Ainda na segunda-feira, os deputados Catarina Cabeceiras e Paulo Silveira reuniram com o executivo da Escola Básica e Integrada da Vila do Topo, tendo sido informados que “o início do ano letivo decorreu com normalidade” e que “está em curso o projeto de reabilitação do edifício”, afirmou o deputado Paulo Silveira.

Para este deputado, “a empreitada de beneficiação e reabilitação do edifício da Escola Básica do Topo é uma prioridade”, principalmente devido às infiltrações que se verificam no edifício, resultado da falta de manutenção numa infraestrutura que foi construída há 20 anos.  Assim, assinala que “já existiu um contato, por parte Direção Regional das Obras Públicas, para levantamento de informações relativas à infraestrutura no passado mês de agosto”, indício de que “o projeto se está a desenvolver”.

“Do que tenho conhecimento, o primeiro concurso para o projeto ficou deserto, sem candidaturas, mas do segundo já resultou uma adjudicação, e o compromisso de que projeto ficaria pronto até ao final do corrente ano”, revelou.

Ainda no que concerne a infraestruturas escolares, o deputado do PSD, Paulo Silveira, destacou a situação do pavilhão da Escola Básica e Integrada da Calheta, lembrando que “os problemas de humidade no pavilhão da Escola remontam pelo menos ao ano de 2019, até mesmo antes da inauguração do edifício”. Recorde-se que o anterior Governo Regional do PS, num documento datado de 8 de janeiro de 2020 em resposta a requerimento, afirmava não prever “qualquer intervenção de fundo a nível do pavilhão, nem a qualquer outro nível, efetuando as correções pontuais, que a nível de garantia de obra, o empreiteiro vai efetuando”. Já o atual executivo, para fazer face a esta situação, adquiriu 8 desumidificadores. Contudo, verificando-se que tal não resultou como efetivamente se desejaria, procurou nova solução, estando agora prevista uma intervenção de ventilação forçada.

De acordo com o deputado do PSD, “o atual Governo de Coligação PSD/CDS-PP/PPM tem demonstrado boa vontade na tentativa de ultrapassar este constrangimento, por forma a proporcionar as condições para a normal prática desportiva”. Saliente-se, também relativamente a esta infraestrutura, que decorre no âmbito da garantia da obra a reposição de algum pavimento do pavilhão e envernizamento do mesmo, por forma a ultrapassar os constrangimentos relativos ao pavimento, e que se prevê que esteja ultrapassado em breve, sujeito à disponibilidade do empreiteiro.

Perante todos estas situações, os deputados da coligação estão “conscientes dos constrangimentos sentidos por parte da Escola e Clubes desportivos que utilizam o pavilhão”, e tudo têm feito para agilizar os procedimentos necessários para a normalização da situação.

Catarina Cabeceiras assinalou, ainda, no âmbito desta visita àquela zona da ilha, o lançamento do concurso público para a construção do Centro Intergeracional de Santo Antão, publicado em Jornal Oficial no dia 11 de outubro, com vista a “servir a população das zonas do Topo e Santo Antão nas valências de ensino pré-escolar, atividades de tempos livres, Centro de Dia e apoio ao domicílio”.

No entender dos deputados, “este Centro Intergeracional é uma obra muito desejada” que irá proporcionar “melhor apoio social e maior coesão territorial nas respostas dadas a crianças e a idosos” no concelho da Calheta, “um investimento global na ordem dos 3 milhões 800 euros que importa destacar”.