O deputado Rui Martins assinalou, nesta sexta-feira, a importância de assegurar o acesso atempado, por parte de crianças e jovens, a “mecanismos de sinalização, diagnóstico e, por conseguinte, abordagens terapêuticas que mitiguem dificuldades acrescidas de aprendizagem”.
A declaração foi feita perante “a tomada de conhecimento, por parte de utentes destes serviços[terapia da fala e terapia ocupacional], da existência de dificuldades no acesso a algumas valências na ilha do Faial”, que suscitou o envio, por parte do Grupo Parlamentar do CDS-PP, de um requerimento ao Governo Regional quanto à “dimensão das listas de espera atuais na ilha do Faial para terapia da fala e terapia ocupacional por crianças em idade escolar” e quanto à sua “distribuição entre a Unidade de Saúde da Ilha do Faial, Hospital da Horta e escolas”.
“Tem sido defendido pelo CDS-PP a dotação dos quadros das escolas de profissionais das áreas de Técnicas de Diagnóstico e Terapêutica, nomeadamente de Terapeutas da Fala”, recordou Rui Martins, apontando tratar-se de “uma pretensão também plasmada no Programa de Governo do XIII Governo Regional dos Açores, o qual prevê ‘reforçar as equipas multidisciplinares, nomeadamente ao nível da intervenção precoce’”.
Atualmente, reconhece, “os serviços hospitalares são, na grande maioria dos casos, a referência para o acompanhamento destas situações”, sendo que “os Cuidados de Saúde Primários desempenham um papel fundamental no processo de desenvolvimento destas crianças, proporcionando e sendo também um importante elo no acesso a terapias.”
Verificando-se, porém, “constrangimentos associados a uma oferta de serviços que nem sempre dá resposta às necessidades identificadas”, o deputado do CDS-PP considera ser “fundamental a existência de protocolos que permitam que quem necessita possa ter acesso a terapias ajustadas e em tempo útil”.
Assim, Rui Martins questiona se “existem protocolos, para a área de influência dos serviços de saúde da ilha do Faial, com outras entidades que possam colmatar as dificuldades registadas no setor público”, “quais são essas entidades e para que valências”.
No requerimento dirigido ao Governo Regional, é ainda questionado “qual o número de terapeutas, por área (terapia da fala, terapia ocupacional e psicomotricidade), afetos a estas faixas etárias[crianças e jovens], se está ajustado à procura e qual o planeamento para a sua adequação” e se “existe lista de espera para consultas de pedopsiquiatria”.
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