A Deputada Catarina Cabeceiras, do CDS-PP/Açores, visitou nesta terça-feira o Museu Francisco Lacerda, localizado na vila da Calheta em São Jorge, o qual tem evidenciado uma “tendência crescente de visitantes” desde a sua reabertura em novembro de 2020.
Para a deputada do CDS-PP/Açores, é de enaltecer “o contributo do Museu Francisco Lacerda para a dinâmica cultural da ilha de São Jorge, a par da Casa Museu Cunha da Silveira em Velas”, que se traduz, por exemplo, em “diversas exposições temporárias e atividades de cariz educativo, as quais têm atraído cada vez mais visitantes”.
Assinalando a “importância do investimento na Empreitada de Adaptação da Antiga Fábrica de Conservas Marie d’Anjou a Novas instalações do Museu Francisco Lacerda, de quase 4 milhões de euros, cuja obra ficou concluída em setembro de 2020”, Catarina Cabeceiras chamou, porém, a atenção para “alguns problemas estruturais já detetados no edifício”.
“Apesar de se tratar de uma obra recente, já se verificam alguns problemas infraestruturais, designadamente infiltrações, e também problemas com as portas, que estão a condicionar a utilização dos espaços”, revelou a deputada, adiantando que “é importante no âmbito da garantia da obra que muitas destas patologias sejam ultrapassadas o quanto antes e se evite o agravamento das mesmas”.
De um modo geral, a visita permitiu perceber que o Museu Francisco Lacerda se encontra “dotado das condições adequadas quer para a conservação do acervo existente, quer para permitir a aquisição de novo espólio”, e ainda que “a questão das exposições permanentes, que estava em falta no Museu, já se encontram em fase de conclusão”.
Para Catarina Cabeceiras, “estes esforços conjugados de vários intervenientes confluem para que o Museu Francisco Lacerda seja, como hoje é, um espaço com dignidade na nossa ilha na área cultura”.
A deputada eleita por São Jorge assinalou a grande visibilidade do emblemático edifício, localizado “à beira-mar, em frente ao Porto da Vila da Calheta” e constituindo uma “porta de entrada” da Vila. E recordou que “existiu o cuidado de manter a chaminé da antiga fábrica como marco da antiga fábrica Marie d’Anjou, um local histórico para o concelho da Calheta e para a Ilha de São Jorge”.
“Já no passado, o CDS-PP manifestou preocupação com a questão da salvaguarda da chaminé, já que no âmbito da empreitada não se previu a sua manutenção e reabilitação, trabalhos estes cada vez mais urgentes”, lembrou Catarina Cabeceiras, em referência a um requerimento dirigido em agosto de 2021 ao Governo Regional dos Açores, apelando à sua recuperação e manutenção.
“Uma necessidade que hoje se mantém”, apontou, explicando que “na altura, foi transmitido pelo Governo Regional que estaria a ser elaborado o projeto de intervenção que salvaguarda o interesse histórico desta chaminé, incluindo a melhoria do enquadramento urbanístico”.
“Procuraremos averiguar qual o ponto de situação atual quanto à intervenção na chaminé”, garantiu a deputada.
Da visita ao Museu Francisco Lacerda, há ainda a destacar “a recuperação da emblemática embarcação ‘Atlas’, que aguarda um espaço na zona exterior de proteção para ser brevemente contemplada no Museu”.
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