O Deputado Pedro Pinto, do CDS-PP/Açores, afirmou no Período Legislativo de Abril da Assembleia Legislativa Regional que “os ideais de Abril são de todos os Portugueses” e criticou a “esquerda política portuguesa” por “durante demasiados anos, quase meio século”, se ter “apropriado” do significado do 25 de Abril de 1974.

“Por haver demasiados partidos políticos à esquerda, e um défice de partidos políticos à direita, criou-se em Portugal o ‘tique’ de que os ideais de abril, os ideais da Liberdade e da Fraternidade, são ideias de esquerda”, observou, contrapondo com o argumento de que “a Revolução (…) é sobretudo da sociedade civil”.

Para Pedro Pinto, tratou-se de uma “revolução pacífica, uma revolução do Povo Português que depôs um regime ditatorial”, apesar de “aqueles que deram início a essa revolução [terem tentado] impor um novo regime ditatorial, esse já de esquerda soviética”.

“Foi o 25 de Novembro que impediu essa deriva de ‘ultraesquerda’ no nosso País, e finamente consolidou a Democracia e a Liberdade”, frisou.

“Devemos celebrar em memória de todos: não só dos militares que fizeram a Revolução, mas de todos os Portugueses que, ainda em ditadura, se manifestavam e lutavam contra a ditadura e por isso foram perseguidos, presos ou exilados”, insistiu.

Na ótica do deputado do CDS-PP, “o 25 de Abril leva-nos a refletir naquilo que nos traz aqui [à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores] hoje, ou seja, a liberdade de podermos ser candidatos, a liberdade de podermos ser eleitos, e a liberdade de todos os portugueses, independentemente do seu sexo, poderem votar”.