A deputada Catarina Cabeceiras, do CDS-PP, apelou nesta terça-feira ao Governo Regional dos Açores para que, no âmbito da empreitada de beneficiação dos sistemas de abastecimento de água agrícola no concelho das Velas, “seja garantida a manutenção do débito ou caudal de água de acordo com as expectativas dos agricultores”, por forma a evitar inconvenientes e atrasos no abastecimento.

A empreitada em causa, cujo auto de consignação foi assinado no passado dia 8 de junho de 2022, contemplava a execução de nove pontos de abastecimento com sistema de contagem de água por chave eletrónica, execução de reservatório metálico, execução de plataforma de abastecimento e beneficiação dos restantes reservatórios existentes, abrangendo cerca de 261 explorações agrícolas numa área de 5.438,55 hectares.

“Trata-se de uma intervenção em favor da sustentabilidade do setor agrícola na ilha de São Jorge, visando melhorar a gestão da água que, sendo um recurso natural indispensável, é também, como todos reconhecemos, um bem cada vez mais escasso cujo uso é necessário monitorizar”.

Contudo, “apesar de a intervenção no sistema não prever alteração no débito”, de acordo com Catarina Cabeceiras, “os agricultores têm observado que o tempo de abastecimento é agora muito superior ao que sucedia anteriormente”, uma situação que, entende, “deve merecer a atenção dos governantes com a maior celeridade possível”.

Assim, em requerimento dirigido ao Governo Regional dos Açores, a deputada do CDS-PP questiona “qual o ponto de situação da empreitada” e se “está previsto algum procedimento para ultrapassar este inconveniente” que tem sido transmitido pelos agricultores.

Catarina Cabeceiras apela ao Governo Regional “que dê prioridade a encontrar uma solução para este constrangimento, pois com o aproximar do verão a afluência aos pontos de abastecimento é maior”.

A deputada do CDS-PP reconheceu que o Governo da Coligação PSD/CDS/PPM “tem levado a cabo uma série de investimentos estratégicos no setor agrícola”, nomeadamente na “criação, reforço e melhoramento das infraestruturas de apoio ao armazenamento de água, ou ainda na melhoria das redes e do abastecimento”.

“As alterações climáticas com que nos deparamos, com estações do ano cada vez mais atípicas, reforçam a necessidade de implementação de estratégias de adaptação a estas mudanças climáticas e mitigação dos seus efeitos negativos”, assinalou.