O CDS-PP Açores foi recebido em audiência nesta segunda-feira pelo Presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, no âmbito do processo de auscultação sobre as antepropostas de Orçamento Regional e de Plano Anual para 2025.

Em declarações à imprensa prestadas no final da reunião, o Secretário-Geral do CDS-PP Açores, Pedro Pinto, afirmou que umas das questões essenciais para o CDS prende-se com a execução do PRR, considerando “fundamental que haja uma atenção redobrada para uma boa execução destes fundos e deste mecanismo que representa uma oportunidade para alavancar a nossa economia, a nossa sociedade e os Açores como um todo”.

Ainda em relação ao PRR, Pedro Pinto evidenciou a necessidade de dar cumprimento às metas as quais a região se comprometeu a cumprir tratando-se “de um investimento considerável que temos de executar para que posteriormente sejamos reembolsados”.

Seguidamente, o dirigente do CDS-PP manifestou a preocupação com o setor da saúde “fundamental para o dia-a-dia dos Açorianos”, onde considerou estar na ordem do dia o incendio ocorrido no HDES, “mas que não se pode, à conta das obras de requalificação do hospital, descurar o investimento nos restantes hospitais da região, que desempenham um papel fundamental na redundância de serviços e de apoio às populações e que comprovaram a sua necessidade e a sua mais-valia após este incidente”.

Ainda em relação ao setor da saúde, Pedro Pinto mencionou que o governo da coligação “vê a saúde como um todo”, relembrando “a revalorização das carreiras dos profissionais da saúde foi uma prioridade deste governo, tendo sido concluída neste mês e não deixando ninguém para trás” e que “após estes passos, temos de focar a nossa atenção no investimento das Unidades de Saúde de Ilha, no HSEIT e no Hospital da Horta”.

O Secretário-Geral do CDS afirmou ainda que as contas da região “sempre foram uma prioridade para o nosso partido”, lamentando que o anterior governo socialista da República “tenha optado por estrangular as contas regionais dos Açores”, dando o exemplo dos danos causados pelo furacão Lorenzo, nomeadamente no porto das Flores, em que o Governo Regional “teve de disponibilizar verba do orçamento da região para fazer face a esses constrangimentos”.

“Estão em causa, para a obra no porto das Flores, 60 milhões de euros por regularizar e, neste momento, estamos a fazer tudo o que é possível para que a República financie tudo aquilo que é da sua responsabilidade”, porque “transferindo esse montante do orçamento regional para que a Portos dos Açores proceda à obra, são 60 milhões que nos faltam para investir noutras áreas”.

Pedro Pinto reconheceu igualmente que, tanto na República como na Região Autónoma dos Açores, o setor da saúde enfrenta um subfinanciamento crónico. O que importa ao CDS-PP, frisou, "não é, à semelhança do que se fez nos anos 90, simplesmente saldar a dívida da saúde, mas sim levar a República a compreender que é da responsabilidade do Estado assegurar a Saúde e a Educação, que têm sido suportadas exclusivamente pelo orçamento regional, um orçamento que deveria ser utilizado de forma complementar, visando atenuar os efeitos da insularidade”.

Em conclusão, o dirigente afirmou que o CDS-PP votará favoravelmente ao Plano e Orçamento para 2025, “cumprindo, com responsabilidade, com aquilo a que se comprometeu – dar estabilidade à vida dos açorianos.