A Presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP/Açores, Catarina Cabeceiras, desconfia que o Partido Socialista gostaria de retomar os rateios nos apoios comunitários aos agricultores nos Açores, dado que “nos seus discursos sucessivos nunca se percebeu se é a favor ou contra o fim dos rateios” levado a cabo pelo Governo Regional da Coligação PSD/CDS/PPM.
Para Catarina Cabeceiras, o fim dos rateios é “uma opção deste Governo Regional”, traduzida num “esforço de cerca 16 milhões de euros” que contraria a anterior política de cortes do Partido Socialista e devolve “previsibilidade” aos agricultores.
Também a este Governo Regional se deve “a reposição das ajudas às zonas com condicionantes naturais ou especificas, as quais haviam sido cortadas pelo anterior governo socialista”, afirmou a deputada Catarina Cabeceiras.
“É impressionante que a oposição não reconheça uma única boa medida que este Governo tenha feito no setor da Agricultura”, declarou nesta terça-feira a deputada, durante o debate das propostas de Plano e Orçamento da Região para 2025.
Ademais, a tão propalada “preocupação do Partido Socialista em relação a incentivos aos jovens agricultores” é negada pelo próprio quando se manifesta “incapaz de reconhecer a importância da medida deste Governo de apoiar em 55 mil euros os jovens que se instalam a tempo inteiro no setor – valor máximo até hoje atribuído não estando condicionado à área – e em 15 mil euros – medida inédita – aos jovens que se instalem a tempo parcial, ou ainda o aumento do apoio máximo de 75% para 80%, também no âmbito do PEPAC ”.
Entre as muitas medidas do Governo Regional PSD/CDS/PPM que importa assinalar, encontra-se também a “liberalização do acesso ao gasóleo agrícola” a as medidas de incentivos à “diversificação agroprodutiva”, como o “apoio de 80% na compra das sementes de milho” e o “apoio de 70% nos custos da certificação biológica” este último constituindo “um passo importantíssimo na sustentabilidade deste sector e da imagem da nossa Região”.
Realce-se também “o apoio em 50% à instalação das pastagens biodiversas”, que a líder parlamentar entende tratar-se de “uma medida com um papel primordial numa produção animal sustentável”.
Quanto a infraestruturas, a deputada Catarina Cabeceiras, eleita pelo círculo de São Jorge, referiu que “a necessidade de intervenção e manutenção dos caminhos agrícolas já foi reconhecida”, sendo preciso “continuar a trabalhar nesse sentido”, e assinalou “o esforço deste Governo Regional” em realizar a “obra do Matadouro de São Jorge, cujo concurso ficou deserto diversas vezes”, obrigando a aumentar para 12,5 milhões de euros o valor total estimado da empreitada.
No final da sua intervenção, Catarina Cabeceiras quis por fim distinguir a candidatura do Queijo de São Jorge a património mundial da UNESCO, numa “valorização da nossa ‘jóia da coroa’” que é “um produto de excelência, imagem de marca da ilha de São Jorge e da nossa Região”.
videos cds